26 de fevereiro de 2015

Viena, muito além do Schnitzel!!!

Olá  Amigo & Viajante!!! 

Seguindo nossa trip pelo centro-leste europeu, e após cerca de 3 horas de trem, chegamos à Hauptbahnhof (estação principal) em Viena. Sempre que possível (distância X preço), optamos pelo trem para podermos apreciar as magníficas paisagens das diferentes regiões. No caminho pegamos chuva e neve, mas mesmo assim o cenário era de arrasar!!!
 Principal Estação de Trem (Wien Hauptbahnhof)
Viena 2015

 


Para chegarmos ao nosso hotel utilizamos um ônibus de linha ao invés do metrô, sugestão da atendente do guichê de informações turísticas. E para variar, foi a única vez que usamos o transporte público. Opa, mentira!!! Quando partimos pela mesma estação de trem, utilizamos a mesma linha de ônibus!!!
Prefeitura (Rathaus), Ringstrasse, Viena 2015




Ficamos hospedadas a uma quadra da movimentadíssima e maior rua comercial da cidade, a Mariahilfer Strasse, no Hotel Savoy Garni. Pequeno, bem bom e decorado com o estilo clássico vienense (palavras deles)!!! Como de costume utilizamos o Booking.com para as reservas de todos os hotéis da nossa viagem, e mais uma vez deu tudo certo com elas!!!

Passamos 5 noites em Viena e desde o início sabíamos que seria um grande desafio vencer a quantidade de atrações que queríamos muito visitar. E também que seria uma angústia ter que escolher o que nós deixaríamos para a próxima. Culturalmente falando, poucas cidades se comparam a capital dos austríacos, e seus números são impressionantes!!! Mais de 100 museus... Aliás, existe um quarteirão inteiro só deles, o MuseumsQuartier. Cerca de 20 mil lugares em teatros, os Meninos Cantores de Viena e os mais de 100 bailes de gala por ano, herança dos tempos do império. Além dos mais de 15 mil lugares em salas de concertos, como a Musikverein, sede da Filarmônica de Viena, que infelizmente não assistimos, pois estava em recesso (lágrimas nos olhos). Mas não podemos nos queixar, aproveitamos ao máximo o que o nosso tempo nos permitiu!!!
Praça Maria Teresa (Maria Theresien Platz), Ringstrasse
Viena 2015

Acompanhe então o nosso “TOP 5”!!!


- Innere Stadt: No séc. XIX foi construída uma grande avenida circular em torno do centro de Viena, no exato local da antiga muralha que cercava e protegia a cidade. A Ringstrasse, ou simplesmente Ring (Anel), é repleta de palácios, casarões antigos, cafés, prédios históricos... passando pelo Parque da Cidade (Stadtpark) e margeando o Canal do Danúbio (veja bem, este é o Canal, o Rio Danúbio se encontra mais a leste, na periferia de Viena).
Casarões antigos, Ringstrasse
Viena 2015


A grande maioria das atrações turísticas da cidade fica concentrada no entorno ou dentro (Innere Stadt) da Ringstrasse. É um passeio obrigatório!!! Se você não quiser encarar os mais de 5 Km da Ring existe uma linha de bonde que faz este percurso. Nós encaramos!!!
Ring Tram, para economizar os 5 Kms de caminhada da Ringstrasse
Viena 2015


No coração da Innere Stadt (centro da cidade) surge grandiosa uma das principais atrações de Viena, a Catedral de Santo Estevão (Stephansdom), localizada na praça de mesmo nome. O início de sua construção foi no séc. XII, sendo um dos exemplares góticos mais antigos da Europa e que ainda está de pé.
Catedral de Santo Estevão (Stephansdom),
Innere Stadt, Viena 2015


Nas imediações da Stephansdom se encontram diversas ruas agitadíssimas, sendo as principais a Kärntner Strasse, a Graben e a Kohlmarkt, em que se aglomeram lojas de grife, joalherias, cafés, restaurantes, bares, lojinhas de souvenirs... Tudo aquilo que a gente adora!!!
A chiquérrima Graben Strasse, Innere Stadt
Viena 2015 


A região também é ótima para fazer “uma boquinha”. Os populares Würstelstands são quiosques que vendem cachorro quente com as típicas salsichas austríacas, como a Käserkrainer, à base de carne de porco recheada com queijo. Uma delícia!!! 
Quiosque (Würstelstand) de cachorro-quente com as deliciosas salsichas austríacas
 Viena 2015


Para uma refeição mais completa, o tradicional Wiener Schnitzel é a opção confirmada. Tem que provar!!! Segundo o TripAdvisor o melhor de Viena é o servido no Figlmüller. A gente conferiu e realmente é muito bom!!! Se é o melhor não sabemos, mas o maior com certeza!!!
"Mega" (maior que o prato!!!) Schnitzel do Figlmüller, Innere Stadt
Viena 2015






- História: É muito difícil dissociar Viena de sua história, principalmente da dinastia dos Habsburgos. Esta foi uma das famílias mais importantes e influentes da Europa, que reinou soberana de 1278 até a dissolução do império Austro-Húngaro em 1918, com o fim da I Guerra Mundial. O membro mais famoso dos Habsburgos foi a esposa do Imperador Francisco José I, a Imperatriz Consorte Elisabeth da Áustria. Sissi, como era conhecida, nasceu na Alemanha e aos 16 anos se casou com o imperador, que também era seu primo. Veja só!!! Sissi era belíssima e foi imortalizada no cinema, na década de 50, na pele da atriz Romy Schneider. Mas diferente do que foi retratado no filme, a imperatriz foi infeliz, tinha uma personalidade depressiva e era extremamente vaidosa e anoréxica. Passou a maior parte do seu reinado viajando pelo mundo e em uma destas viagens, em Genebra, foi assassinada aos 61 anos por um anarquista italiano. Estava criado o mito. E em Viena, Sissi está em todos os lugares...
Imperatriz Sissi da Áustria. À esquerda: A verdadeira; À direita: A atriz Romy Schneider.
Foto: Wikipédia


Para conhecer melhor a história dos Habsburgos, e da Sissi é claro, não deixe de visitar o Palácio Imperial de Hofburg e o Palácio de Schönbrunn.
O enorme Hofburg teve suas origens no séc. XIII e foi a residência oficial de inverno e o centro do poder dos Habsburgos. Ele ocupa uma área de 20 hectares, com mais de 2600 salas, na região da Innere Stadt. 
Palácio Imperial de Hofburg, Innere Stadt
Viena 2015


Atualmente, o complexo abriga os gabinetes do presidente da Áustria, além da centenária Escola Espanhola de Equitação, a Biblioteca Nacional Austríaca, teatros, museus, capelas e jardins. Quando visitamos o Hofburg, compramos a entrada na hora e esta compreendia (existem outras opções de combos) a Silberkammer (Coleção de Prataria, Porcelanas e Cristais), os Kaiserappartements (Apartamentos Reais) e o Sisi Museum (o Museu da Imperatriz Sissi).
Coleção de Prataria, Porcelanas e Cristais dos Habsburgos (Silberkammer)
Hofburg, Innere Stadt, Viena 2015





Já o Palácio de Schönbrunn fica mais afastado da região central, mas nós chegamos lá a pé seguindo sempre pela Mariahilfer. Não tem erro!!! O palácio estava “largado às traças” quando outra imperatriz, a Maria Teresa, assumiu a sua reconstrução. Acabou transformando o Schönbrunn em algo espetacular!!! Nos seus tempos áureos o palácio foi a residência de verão dos Habsburgos, mas era habitado quase que constantemente por uma vasta corte, tornando-se além de político, um centro cultural.
Schloss Schönbrunn, Viena 2015




Também compramos no local os nossos ingressos. Escolhemos a categoria Grand Tour (tem outras opções) que permitia uma visita mais ampla ao palácio e ficamos realmente impressionadas com a riqueza dos aposentos e com os magníficos jardins (mesmo cobertos de neve, ou até por isso!!!). Dizem que no quesito ostentação Schönbrunn só tinha como concorrente o Palácio de Versalhes, na França!!!
Magníficos jardins do Schönbrunn literalmente abaixo de neve,
Viena 2015


- Arte e Cultura: Assim como Sissi, outros ícones austríacos reinam em Viena. Nas casas de concertos, bailes, óperas, museus, lojas de souvenirs temáticas e até marcas de chocolate, Strauss, Mozart e Klimt estão onipresentes.

A família Strauss teve vários compositores famosos, mas foi Johann Strauss II o mais célebre. Além polcas, quadrilhas e outros tipos de músicas de dança ele compôs mais de 500 valsas, como o Danúbio Azul, A Valsa do Imperador e Contos dos Bosques de Viena. Era considerado o “Rei da Valsa”. E claro, em Viena, a valsa é a trilha sonora em todos os locais, inclusive nas ruas.
Monumentos à Strauss no Stadtpark (esquerda) e Mozart no Burggarten (direita)
Viena 2015


Mozart (Wolfgang Amadeus) foi um dos maiores gênios da música clássica e mostrou suas habilidades desde sua infância. Com 5 anos, além de dominar instrumentos de teclado e violino, já compunha obras completas e maravilhava as cortes europeias com o seu prodigioso talento. Em Viena assistimos sua ópera A Flauta Mágica, na Staatsoper (Ópera Estatal), uma das mais famosas (e lindas!!!) casas de óperas da Europa. 
Staatsoper em noite de espetáculo, Viena 2015


Também tivemos a oportunidade de assistir o ballet O Quebra Nozes (de Tchaikovsky) no mesmo local. Espetáculos e momentos maravilhosos!!! Se puder, não deixe de ir!!! Porém se atente, os ingressos são concorridíssimos. Compramos os nossos pelo site da Staatsooper com 4 meses de antecedência. Você também pode chegar bem cedo e disputar com a galera os ingressos populares de 5 euros, em que a pessoa assiste tudo em pé. Somente para os fortes!!!
Elenco da Ópera "A Flauta Mágica" de Mozart, Bravooo!!!!
Staatsoper, Viena 2015


Outra figura constante em Viena é o pintor Gustav Klimt. Ele foi um dos fundadores da Secessão Vienense, o movimento de jovens artistas do final do séc. XIX, que era contra as normas tradicionais, artísticas e étnicas da época. Vários museus em Viena têm obras de Klimt expostas, mas queríamos ver apenas uma... O Beijo!!! 
"O Beijo" de Gustav Klimt, Galeria Austríaca
Palácio Belvedere Superior. Foto: Wikipédia


O quadro mais famoso de Klimt se encontra na Galeria Austríaca localizada no Palácio Belvedere Superior (sim, tem o Inferior). Pode deixar para comprar o ingresso na hora e se não quiser entrar, só passear pelos seus jardins já vale a visita!!! 
Infelizmente, com exceção da Silberkammer no Hofburg,  não é permitido fotografar o interior dos palácios e museus que nós visitamos e que foram aqui mencionados. Estes ficarão somente nas nossas lembranças!!!
Galeria Austríaca, Palácio Belvedere Superior
Viena 2015


- Naschmarkt: Não é novidade que adoramos mercados e feiras e em Viena tem um bem bacana, mas bem bacana mesmo!!! O Naschmarkt é um mercado ao ar livre permanente que está em funcionamento desde 1780, quando produtores vinham do interior trazendo suas mercadorias para vender na cidade. 
Naschmarkt, Viena 2015






Hoje ele está mais globalizado e os vendedores são na sua maioria imigrantes, principalmente gregos, árabes, turcos, vietnamitas, japoneses e chineses, que vendem uma gama de mercadorias de delicatessen
Produtos impecáveis de culinária internacional, Naschmarkt
Viena 2015


Os produtos, como azeitonas, cogumelos, caponatas, pastinhas, sushis, temperos, frutas secas, doces..., são impecáveis!!! E o melhor é que eles vão oferecendo provinhas de tudo!!! Além desta opulência gastronômica o mercado tem tudo mais que um mercado que se preze deve ter, e também muitos restaurantes super descolados. Vale demais!!!
Você também ama tulipas como a gente?!?! Naschmarkt
Viena 2015


- Cafés: Ir a capital austríaca e não visitar algum (ou alguns!!!) dos seus famosíssimos Cafés pode ser considerado um grave delito. Os Wiener Kafeehaus (Cafés Vienenses) são instituições culturais da cidade desde a época do império, quando Viena era considerada a capital mais elegante da Europa. E um pouco desta aura imperial permanece nestes estabelecimentos, principalmente na sua arquitetura e decoração.
Centenário, imperial, tradicional e turístico Café Central
Innere Stadt, Viena 2015


Atualmente eles até podem ser muito turísticos (lotados e caros), mas temos que concordar que são um charme só!!! As pessoas podem ficar horas em seus interiores, fazendo suas refeições, lendo um livro ou jornal, jogando cartas, conversando, vendo o tempo passar. Quando a UNESCO incluiu a cultura dos Cafés Vienenses na lista de Patrimônio Imaterial Mundial os descreveu como lugares “onde o tempo e o espaço são consumidos, mas somente o café vem na conta”!!!
Dentre as dezenas de Cafés, conhecemos 3 dos mais tradicionais...
Além dos diversos tipos de cafés servidos, os doces também são um grande atrativo destes locais. O Café Sacher produz desde 1832 a torta mais famosa de Viena, a “Original Sachertorte”, um bolo de chocolate com recheio de geleia de damasco. Já o Demel durante muitos anos reivindicou a autoria da mesma torta, disputa que chegou a instâncias judiciais. Acabou adotando a marca “Demel Sachertorte”. 
Acirrada disputa entre a "Original Sachertorte" (esquerda) e a "Demel Sachertorte" (direita)
Viena 2015


Elas são gostosas, mas nessa briga lendária dos doces de Viena, para nós o vencedor é o Apfelstrudel!!! E o com molho de baunilha quente do Café Central é o melhor que comemos na vida!!!
Mas o nosso vencedor é o Apfelstrudel do Café Central!!!
Viena 2015

Após nossos dias “imperiais” em Viena rumamos para a não menos fabulosa Praga. Dessa vez compramos antecipadamente nossas passagens de trem pelo site da companhia de transporte ferroviário da Áustria, ÖBB. Bem fácil!!!

Até a próxima parada... Auf Wiedersehen!!!


                                                                 Fabrícia Hoff & Laura Santos

6 de fevereiro de 2015

Budapeste com páprica, por favor!!!

Acabamos de retornar das férias com muitas dicas e informações sobre os nossos destinos. Foram dias maravilhosos, e frios (!!!), conhecendo o chamado trio de ouro europeu, as imperiais Budapeste, Viena e Praga. Também passamos 2 míseros diazinhos em Paris para curtir o Réveillon na Cidade Luz, porém isto será devidamente relatado em outra oportunidade!!! Chegamos a Budapeste no dia 1º de janeiro e havia um receio de como os transportes funcionariam neste dia que é um “mega” feriado em qualquer parte do mundo, por isso combinamos um transfer com o nosso hotel. Dito e feito, estava tudo meio morto!!! 
Não podemos opinar sobre o transporte público, pois não o utilizamos... Como a cidade é relativamente compacta fomos a TODOS os lugares aqui mencionados a pé!!! Não somos fracas não!!!
Estação de trem Keleti, Budapeste 2015
Nossa primeira impressão sobre Budapeste foi de como a conversão da moeda é favorável para nós que temos reais!!! Além disso, também achamos os preços dos produtos mais baratos do que em outros países da Europa. Daí já viu né, deu até para nos sentirmos ricas por lá!!!
Pista de patinação no gelo do parque da Cidade,
Budapeste 2015
O ponto de partida para desbravar Budapeste foi o Parque da Cidade (Városliget), com vários locais interessantes como uma imensa pista de patinação no gelo (animadíssima, com o som bem alto e que eles parecem adorar!!!) e a Praça dos Heróis (Hösök Tere). Em seu centro ergue-se o grandioso Memorial do Milênio, em celebração aos 1000 anos do país (comemorado em 1896), sendo este um dos cartões postais de Budapeste. 
Praça dos Heróis, Parque da Cidade
Budapeste 2015
Bem em frente à praça inicia a extensa Avenida Andrássy (Andrássy Út), onde podemos encontrar diversos casarões, restaurantes, cafés, bares, a Ópera Nacional, o Museu do Terror (Terror Hazá), lojas de grife... Por ela chegamos à região mais agitada da cidade. Mas não espere hordas de turistas. Budapeste ainda não foi descoberta pelas massas, o que consideramos uma grande injustiça. A cidade é surpreendente!!!
Avenida Andrássy
Budapeste 2015
E a partir daqui estabelecemos o nosso “TOP 5”!!! 

Rio Danúbio (Duna): O segundo rio mais longo da Europa (depois do Volga) tem sua origem na Floresta Negra (Alemanha) e deságua em seu delta no Mar Negro (Romênia). Ele passa por diversas capitais europeias, sendo que na Hungria divide as cidades de Buda e Óbuda (margem direita) de Peste (margem esquerda). Sim, Budapeste são 3 cidades oficialmente unidas desde 1873!!!
Rio Danúbio e a Ponte das Correntes,
Budapeste 2015
Uma extensa marginal entre a Ponte Elisabeth (Erzsébet híd) e a Ilha Margarida (Margitsziget) possibilita um maravilhoso passeio para apreciar o Danúbio. Outra forma bem interessante de desfrutá-lo é através das inúmeras embarcações que o percorrem.
Parlamento Húngaro,
Budapeste 2015
Na margem do lado Peste chama a atenção o imponente Parlamento Húngaro (Országház) que ainda apresenta buracos das balas de quando Budapeste foi intensamente bombardeada durante a II Guerra Mundial. A Ponte das Correntes (Széchenyi Lánchíd) é a mais famosa e antiga travessia permanente entre Buda e Peste e é bem legal de percorrê-la a pé. Quando o fizemos, o dia estava ensolarado, apesar de muito frio, e dependendo do ângulo as águas do rio (que não são) pareciam azuis - ♪♪ Danúbio Azul ♪♪ - como na clássica valsa de Strauss!!! Lindo, lindo, lindo!!!
E o Danúbio estava azul!!!,
Budapeste 2015
Castelo de Buda: Do outro lado da Ponte das Correntes se sobressai o Castelo de Buda (Budai Vár) no alto de uma colina, com sua enorme cúpula verde. É a imagem clássica de Budapeste e é realmente muito bonita!!!
Castelo de Buda, Budapeste 2015
Buda é a parte mais antiga da cidade e a região próxima ao castelo (Bairro do Castelo - Várnegyed) rende um ótimo passeio. Ela é cheia de ruelas medievais, casas antigas e coloridas, prédios históricos, restaurantes e lojinhas de souvenirs.
Bairro do Castelo, Budapeste 2015
Ali também fica a Igreja de Mathias (Mátyás Templom) com seu lindo telhado verde e laranja e o Bastião dos Pescadores (Halászbástya), detentor de uma das melhores vistas para o lado Peste.
Igreja de Mathias,
Budapeste 2015
Bastião dos Pescadores,
Budapeste 2015


A primeira residência real de Buda começou a ser construída no séc. XIII e com o tempo foi ampliada até o castelo que conhecemos hoje. Ele foi residência dos reis húngaros, incendiado várias vezes, durante os mais de 100 anos de ocupação turca foi praticamente destruído, atingiu seu apogeu durante a dinastia Habsburgo (quando a Hungria fez parte do Império Austro-Húngaro), foi novamente destruído por bombardeios e totalmente saqueado durante a II Guerra Mundial.
Funicular para chegar ao Castelo de Buda,
Budapeste 2015
Castelo de Buda,
Budapeste 2015


Apesar do domínio comunista soviético do pós-guerra considerar o castelo um símbolo do antigo regime foi permitido que ele fosse reconstruído. Atualmente abriga o Museu de História de Budapeste e a Galeria Nacional Húngara. Visitar o Castelo de Buda é uma ótima forma de conhecer a história da Hungria!!! 
Região da Váci Utca: A Váci é a principal rua comercial de Budapeste e de maior concentração de turistas e locais, sendo uma área quase que totalmente exclusiva para pedestres. Nessa região se encontram tanto as megalojas de rede, como as lojinhas de souvenirs.
A agitada Váci Utca, Budapeste 2015
Por ali compramos algumas lembrancinhas necessárias como o casalzinho de magyares, peças de porcelana, rendas e bordados húngaros, caixinha mágica (que esconde a chave e tem segredo para abrir), as populares matryoshkas (herança - nesse caso boa!!! - que os russos deixaram em todo o leste europeu durante a ocupação soviética), canecas, quadrinhos, miniaturas... Kkkkkk!!!! Também é a área de movimentados bares e restaurantes, onde gastamos boa parte do nosso tempo!!!
Tradicionais lembrancinhas da Hungria,
Budapeste 2015
Indo em direção a Avenida Andrássy se encontra a Basílica de Santo Estevão (Szent István Basilika), a maior do país. Estevão foi o primeiro rei da Hungria e considerado santo (canonizado em 1083) por ter convertido seu povo ao cristianismo. A igreja foi consagrada em 1905 e conserva a relíquia mais importante para o povo húngaro: a mão embalsamada de Santo Estevão.
Basílica de Santo Estevão,
Budapeste 2015
Gastronomia: Genteeee!!! Nós amamos a culinária húngara!!! Graças à páprica (paprika), presente na maioria dos pratos, o sabor é totalmente diferente de tudo que já tínhamos provado!!! Foram os turcos que, além dos banhos termais, levaram para lá essa espécie de pimentão que pode ser consumido ao natural ou como condimento e dependendo do tipo utilizado dá um teor picante ou adocicado ao preparo. O prato mais “ultramegatípico” da Hungria é o goulash (gulyás), uma encorpada sopa de carne com legumes e claro, páprica!!! Uma delícia!!!
O típico e delicioso Goulash,
Budapeste 2015
Eles também comem muita carne de porco e o principal acompanhamento (pelo menos que veio na maioria dos pratos que escolhemos) é uma massinha fervida (como o Spätzle alemão) que combina com tudo!!! Em busca de grandes experiências gastronômicas, sempre recorremos ao TripAdvisor para selecionar algum (ou alguns!!!) restaurante recomendado pelos viajantes... E em Budapeste não nos decepcionamos!!! Vale muito a pena ir ao Hungarikum Bisztró e ao La Botte, ambos em Peste. Extremamente diferenciados e nada caros frente à culinária que servem!!!
Hungarikum Bisztró, Budapeste 2015
Um ícone das banquinhas de rua é o Kürtóskalács, uma massa doce assada, enrolada em um cilindro e coberta com diversos sabores, sendo o nosso preferido o de açúcar e canela. O bom é comê-la bem quentinha!!! Quanto às bebidas, os húngaros gostam de beber cerveja, o vinho tem boa reputação, mas o orgulho nacional é a Pálinka, nada mais que uma cachaça feita de frutas como pera, ameixa e amora. Afff, extremamente forte!!!
Kürtóskalács é o sucesso das barraquinhas de rua,
Budapeste 2015
Mercado: Ao final da Váci utca (no sentido contrário a Andrássy) nos deparamos com o Mercado Central de Budapeste (Nagy Vasarcsarnok), instalado em um amplo edifício de estrutura metálica, construído em 1897. O mercado público da cidade é sempre muito interessante de conhecer, pois reflete tanto o cotidiano como a história do povo local.
Mercado Central, Budapeste 2015
No andar de baixo estão as bancas de frutas, verduras, carnes, embutidos, queijos, flores... Todos muito frescos e cuidadosamente dispostos. Aqui é “o lugar” para se adquirir produtos e temperos típicos, entre eles a páprica (olhinhos brilhando!!!), da espécie, forma e quantidade que você quiser. Ela vem em saquinhos coloridos, com a colherinha-medida de madeira também colorida, tudo bem atraente para você querer muito comprar e depois se aventurar pelas panelas!!!
Páprica, Mercado Central, Budapeste 2015
No segundo andar estão as bancas de artesanato e os cafés e restaurantes, onde é possível provar as delícias locais, e uma boa porção de goulash sai em torno de R$ 5,00. O mercado é realmente bem legal!!!
Bancas de rendas e bordados típicos,
Mercado Central, Budapeste 2015
Depois de conhecer esta cultura tão diferente, o nosso destino foi Viena.  Já com muita saudade, por aqui nos despedimos... 
Trem para Viena, Estação Keleti,
Budapeste 2015
Viszontlátásra!!! Kkkkk!!! Citando Chico mais uma vez, “devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira”!!!

Fabrícia Hoff & Laura Santos

GUIA DAS GURIAS – Programe sua Viagem

Informações gerais 
- Documentos exigidos: passaporte, com validade mínima de 3 meses após a partida do Espaço Schengen, e seguro saúde internacional. 
- Vacinas: não é exigido. 
- Idioma: húngaro (ou magyar). Conforme Chico Buarque em seu livro Budapeste “esta é a única língua, segundo as más línguas, que o diabo respeita”!!! 
- Moeda: florim húngaro (forint). 
- Fuso horário oficial: 4 horas a mais na Hungria em relação a Brasília. Dependendo da época do ano pode variar para mais ou menos devido aos horários de verão. 
- Seguro de viagem: Mondial Assistance.

Quando fomos: janeiro de 2015 (4 noites). 

Como chegamos: de Porto Alegre a Budapeste com escalas em São Paulo e Madri e conexão extendida em Paris (2 noites), voamos com a TAM, Iberia e Air France. Pesquisa de ofertas e compra de passagens na decolar.com. Já tínhamos combinado previamente o transfer com o nosso hotel partindo do aeroporto internacional Liszt Ferenc.

Onde ficamos: Three Corners Bristol (4 estrelas) reservado pelo booking.com e colado à estação de trem Keleti (Keleti Pályaudvar). 

Onde comemos: volta no post que tem um item específico só sobre gastronomia!!