27 de setembro de 2015

Em busca dos sabores de Santiago, por Rafael Baum e Alexandre Chini

Olá Amigo & Viajante!!! 
  
Como todos já sabem, adoramos quando nossos amigos participam do blog e dividem conosco e nossos leitores suas histórias e dicas de viagens. Desta vez contamos com uma participação dupla e especialíssima... do nosso novo Amigo & Viajante Rafael Baum e do já “velho” (kkkk) colaborador Alexandre Chini. Eles mostraram uma "pegada" mais gastronômica da capital dos chilenos e deu vontade de voltar voando para lá!!! Obrigada guris!!!

Esta foi nossa primeira viagem ao Chile (última semana de Julho de 2015) e nosso principal objetivo era conhecer a capital Santiago, onde ficamos por sete dias.
A região metropolitana de Santiago é bastante grande, possuindo em torno de sete milhões de habitantes e subdividida em 32 comunas (observando mais desatentamente parece uma única cidade). Apesar de Santiago ser extensa, o turista consegue se localizar e locomover com facilidade, tendo as linhas de metrô como seu principal meio de transporte (é importante destacar que a cidade é toda plana o que é favorável a quem gosta de andar a pé – o que recomendamos).
Palacio de La Moneda, Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

O Chile nos chamou a atenção pela civilidade, educação e cultura de sua população, o que acreditamos seja fruto do desenvolvimento educacional do país. Há muitos museus na cidade, que se comparam em qualidade aos melhores museus de outras grandes metrópoles do mundo. Entre os que visitamos podemos citar: o Museu de Arte Pré-Colombiana, o Centro Cultural de La Moneda e o Museu da Memória e dos Direitos Humanos.
Museu da  Memória e dos Direitos Humanos, Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

Notamos também que a questão religiosa é presente no cotidiano das pessoas, haja vista a grande quantidade de igrejas existentes em Santiago, em sua grande maioria católica, legado de seu período colonial.
Porém a intenção deste post é escrevermos sobre nossa experiência gastronômica em Santiago, já que a culinária nos interessa, e muito. Inclusive, antes mesmo de viajar, buscamos conhecer as características da culinária chilena, nos dando uma boa ideia do que iríamos encontrar, mas não exatamente onde procurar.
De cara queríamos encontrar a famosa empanada chilena. No primeiro jantar, num restaurante na Avenida Providência, constava no cardápio empanadas. Oba! Pedimos de entrada. Frustração, pois estavam mais para pastéis fritos, do que para as empanadas que esperávamos encontrar. Estava iniciada a saga das empanadas... O que salvou a noite foram um bife de chorizo e um bife de ancho, saborosíssimos, que pedimos.
Passando bem!!! Santiago do Chile, 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

Continuando a saga das empanadas, a segunda tentativa também não deu certo. Acabamos comendo uma empanada peruana, excelente no sabor, mas que ainda não era a empanada que queríamos encontrar.
Para nossa surpresa, na visita à Vinícola Concha y Toro encerramos a saga. No restaurante da vinícola provamos a legítima empanada chilena, recheada com carne, azeitona e ovo, exatamente o que procurávamos.
Também no restaurante da vinícola, provamos outro prato tradicional chileno, o pastel de choclo, que na realidade não é um pastel como sugere o nome, mas sim algo semelhante ao nosso escondidinho brasileiro, só que feito de uma pasta de milho verde (choclo) e recheado com carne ou frango, ovo e azeitonas pretas.
À esquerda: a legítima empanada chilena. À direita: o pastel de choclo. Pastel?! kkkkk
Santiago do Chile, 2015 - Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

Não há como falar do Chile sem falar de seus famosos vinhos, mundialmente reconhecidos, onde o clima e o terroir favorecem a sua qualidade. No Chile as uvas viníferas europeias se adaptaram muito bem, sendo a carmenére uma das mais conhecidas.
Entre as muitas opções de vinícolas, resolvemos visitar a Concha Y Toro, no vale do Pirque, próximo a Santiago. Chega-se facilmente tomando a linha 4 do metrô, até a estação Las Mercedes, e depois de táxi ou ônibus. É perto. Lá optamos por fazer o tour básico, onde conhecemos um pouco da história da vinícola, os vinhedos e as caves. Como citamos anteriormente há um bom restaurante na vinícola (não caia na conversa do taxista, se ele lhe disser que não há restaurante na Concha Y Toro, pois o que pegamos, tentou nos convencer a ir para uma vinícola mais distante, afirmando que lá haveria restaurante).
Vinícola Concha Y Toro, Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

Outra bebida que também é famosa e típica do Chile é o pisco, uma aguardente feita de uva. Provamos o pisco sour, preparada com pisco, pimenta, limão e clara de ovo. Chile e Peru travam uma disputa histórica para saber quem é o “dono” do pisco. Disputas a parte, o que provamos em Santiago é muito bom.
Pisco Sour, Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

Amor pelo sabor. Este é o slogan do Restaurante Coquinaria, que escolhemos para o jantar em comemoração ao aniversário do Alexandre. É um restaurante de alta gastronomia que, como diz o slogan, prima pelos sabores, aromas, cores e texturas nos seus pratos. É um restaurante pequeno, com um cardápio nada extenso mas de altíssima qualidade. Lá também há uma wine store e uma loja de artigos culinários. Valeu muito a experiência gourmet que tivemos.
Restaurante Coquinaria, Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

O Chile possui um extenso litoral e, por conta disso, pescados e frutos do mar são presença certa no cardápio da maioria dos restaurantes de Santiago. Comemos atum, salmão, camarão, congro, além de provarmos um ceviche.
Todas as variações possíveis de peixes e frutos do mar!!! Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini

Pontuamos como principal destaque a centolla que comemos no Mercado Central. A centolla ou king crab, é um crustáceo pescado nas águas geladas do sul ou do norte do Oceano Pacífico.
O Mercado Central de Santiago é como a maioria dos seus pares mundo afora, uma construção antiga, bastante frequentado, destinado à venda de peixes e pescados e com restaurantes. Vale a vista e é fácil de chegar.
A tradicional e imensa centolla, Mercado Central, Santiago do Chile 2015
Foto: 
Rafael Baum e Alexandre Chini

Voltando ao assunto vinhos, queríamos nos aventurar a realmente conhecer os vinhos chilenos. E para isso nada melhor que fugir dos grandes e badalados rótulos (mas não fugimos por completo, pois rótulos badalados também voltaram em nossas malas!). Escolhemos uma wine store com grande variedade e pedimos a ajuda do sommelier, para que nos indicasse rótulos de pequenas vinícolas, que normalmente não são exportados. Agora é provarmos os que compramos.
Vinhos chilenos... o difícil é escolher!!! Santiago do Chile 2015
Foto: Rafael Baum e Alexandre Chini


Aos que gostam da boa culinária, sugerimos conferir os restaurantes da Avenida Isidora Goenochea na Comuna de Vitacura, onde há diversificadas opções. Os Shoppings Centers Parque Arauco e Costanera Center também possuem algumas boas opções de restaurantes, pois fazem parte de qualquer roteiro turístico em Santiago.
Conhecer Santiago foi realmente uma bela viagem, por sua rica e valiosa cultura, com inúmeras opções de museus e galerias de arte para visitar; a bela arquitetura, que vai do colonial, neoclássico, moderno até os mais recentes arranha-céus contemporâneos; excelente gastronomia, bastante peculiar e que agrada a todos os paladares.
Enfim, adoramos a cidade!!!


                                                  Rafael Baum & Alexandre Chini



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